A linha de pesquisa estudo de materialidades compreende a análise das interações entre povos Indígenas, AfroIndígenas, Afrobrasileiros, Europeus e Eurobrasileiros, especialmente em São Paulo, mas também as itinerâncias por outras partes do território brasileiro, revelando agências, persistências, processos de apropriação e transformação, relações de gênero, tecnologias ancestrais, identidades e linguagens.
A investigação abrange análises morfológicas, métricas e fotográficas, reconstruções digitais, estudos documentais e linguísticos, e a cocriação de espaços de memória com as comunidades envolvidas no projeto. Isso envolve processos de ressignificação do passado, biointerações, sentidos e afetos – como vasilhas cerâmicas, cestarias, contas de vidro, estruturas residenciais, plantas, vestígios alimentares, entre outras materialidades, atualmente guardados em museus e instituições culturais.
A parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná, com outras instituições brasileiras e, internacionalmente, com o Museu Britânico – Santo Domingo Centre of Excellence for Latin American Research e o Centro de Arqueologia (UNIARQ) da Universidade de Lisboa, permitirá o acesso a acervos relevantes para comparar coleções dispersas e promover o avanço da construção de novas interpretações.
Museu Casa do Artesão, Apiaí, Alto Vale do Ribeira, São Paulo.